"Região tem implementado políticas que permitem que estejamos melhor do que o resto do País”, considera Francisco César

PS Açores - 5 de setembro, 2013
O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Francisco César, defendeu, esta quinta-feira, no Plenário da Assembleia Legislativa dos Açores, que os “Açores não estão imunes aos efeitos nefastos da crise e das políticas recessivas do Governo da República do PSD e do CDS, apesar dos esforços do Governo Regional que têm permitido atenuar significativamente os efeitos negativos dessas políticas”. Na declaração política que apresentou, Francisco César reconheceu os constrangimentos existentes mas considerou que “a Região Autónoma dos Açores tem vindo a implementar políticas que permitem que hoje estejamos melhor do que a realidade do resto do País”. O deputado socialista salientou, a propósito, os recentes resultados do Turismo açoriano e lamentou que “o PSD e o CDS, coligados na lógica maldizente, não tenham uma palavra a dizer quando, por exemplo, a Região regista bons desempenhos”. “Apesar da enorme contração sentida no mercado nacional, em resultado da política destruidora de riqueza e de destruição de emprego do Governo da República, a verdade é que o número de dormidas de Turistas nos Açores aumentou nos primeiros seis meses do ano”. Os indicadores demonstram que estamos perante uma recuperação no número de dormidas nos Açores. Nos primeiros seis meses do ano registaram-se nos Açores mais de 409 mil dormidas, valor superior em 5,3% ao registado em igual período de 2012. César recordou que “o número de dormidas de residentes no estrangeiro foi superior a 240 mil registando um aumento, em termos homólogos, de 19,5%” e alegou ainda que estes indicadores “provam que estamos no caminho certo. Um caminho difícil, mas necessário. Um caminho que poderia ser bem mais fácil se, por exemplo, o Governo da República não adiasse, sucessivamente, a resposta à nossa proposta de Obrigações de Serviço Público de transporte aéreo”, lembrou. . Declarando que apesar dos indicadores serem bastante positivos, o Vice-Presidente da bancada socialista considerou “não haver lugar para euforias” e reforçou a necessidade de continuar “a aposta na diversificação dos mercados emissores de fluxos turísticos” de modo a “diminuir o fosso entre a época alta e a época baixa”. Francisco César destacou ainda os últimos dados do desemprego que apontam que os Açores têm a segunda taxa de desemprego mais baixa do País. “A taxa de desemprego no Segundo Trimestre nos Açores ficou-se pelos 16,1%, cerca de menos um ponto percentual do que o trimestre anterior, sendo a segunda taxa mais baixa de desemprego do País. A população empregada cresceu 1,8% e o número de desempregados diminuiu 4,7% tendo-se verificado um aumento de população empregada em todos os setores de atividade económica”. O deputado socialista estabeleceu, a propósito, um contraponto com a realidade nacional para enfatizar que “enquanto no País, temos um Governo PSD/CDS responsável pela maior destruição de emprego e de riqueza da história da democracia portuguesa, nos Açores, o Governo do PS continua a usar todos os recursos disponíveis para fomentar um ambiente propício à criação e preservação de Emprego”. Neste sentido, César elencou diversas das medidas da Agenda Açoriana ara a Criação de Emprego e Competitividade Empresarial. “São dezenas de programas e medidas implementadas ao longo dos últimos oito meses em benefício das empresas e das famílias açorianas. Medidas como o Reforço do Apoio ao Microcrédito bancário, a Via Verde de Exportação, o Plano Estratégico para o Fomento do Empreendorismo, a prorrogação das linhas de crédito de apoio às empresas regionais, o Programa de Reestruturação das Empresas, o CPE Premium, o Programa Família Estável, o Mercado Social de Emprego, o Integra Mais; o Programa Emprego Estável; a Bolsa de Recursos Humanos na Agricultura; o Programa de Aquisição Básica de Competências, entre muitos outros”. Por último, Francisco César criticou o PSD e o CDS por recorrerem sistematicamente à crítica destrutiva, considerando que estes partidos têm um dicionário político próprio. “Na alquimia política do PSD e do CDS Açores inspirada no mesmo Manual Político em que irrevogável parece significar hoje sim, amanhã não, convém ter sempre à mão um guia para traduzir a linguagem da oposição. Para o PSD e para o CDS, os apoios sociais do Governo significam eleitoralismo. Se os números de desemprego descem, para a oposição significa que o Governo está a manipular as estatísticas. Se o Governo dos Açores exige que a República pague o que deve, significa que o Governo Regional está a pedir que a República salve a Região. Se o Governo Regional defende os interesses dos Açores e critica o abandono do Estado das suas funções na Região, significa guerrilha e terrorismo político. Se o Governo Regional se atreve a criticar propostas da oposição, significa que não há liberdade e democracia nos Açores. Se a gestão das contas públicas açorianas é elogiada por entidades independentes nacionais e estrangeiras, é porque existe uma conspiração para enganar os açorianos. Se aumentamos o abono de família é porque estamos a comprar votos. Se as Inspeções Regionais atuam no terreno é porque estamos a perseguir e a coagir politicamente a oposição nos Açores. Se o PS não aprova um debate de urgência no Parlamento e decide remeter a discussão para a competente comissão parlamentar é porque não há liberdade de expressão nos Açores”. Francisco César terminou a sua intervenção garantindo que o PS continuará a fazer tudo para trabalhar no sentido de apresentar as melhores soluções para os desafios com que a sociedade açoriana está confrontada.